Você é um advogado orientado por dados? Então, entenda o que isso significa na prática e o que fazer para desenvolver essa habilidade.
O número crescente de startups lawtechs e legaltechs que fornecem soluções de analytics e jurimetria são uma evidência clara que o uso de dados na tomada de decisões tem se tornado cada vez mais relevante. Um advogado orientado por dados tem mais condições de aprimorar suas estratégias e até antecipar resultados de casos.
Com os dados certos, um software de jurimetria, por exemplo, pode até calcular a probabilidade de um caso ter um resultado positivo para o cliente. Mas o que fazer para desenvolver essa competência? É sobre isso que vamos falar neste artigo!
Por que ser um advogado orientado por dados?
Um data-drive lawyer, ou advogado orientado por dados, tem munição para levantar uma série de informações e estimativas na análise de um caso. Por exemplo, ele pode rapidamente descobrir:
- qual o tempo médio que uma demanda pode levar;
- qual a jurisprudência, entendimento e posicionamento os tribunais estão tomando frente a um caso específico;
- que aspectos ou fatores de um caso podem interferir ou ser decisivos no entendimento de um tribunal;
- qual o trâmite usual para o tipo de ação ou tema do caso;
- quais as expectativas de deferimento acerca de liminares ou solicitações.
Todas essas conclusões são feitas com base na análise de um volume imenso de ações similares. Isto é, os dados de milhares de casos são processados por um software para identificar padrões e gerar análises detalhadas acerca de uma nova demanda específica.
Mas quando se fala em determinar padrões, uma preocupação pode ser suscitada: a insegurança jurídica. Uma vez que o juiz analisa cada caso individualmente, pode haver divergências em decisões de casos semelhantes.
Mais uma vez, o advogado orientado por dados pode usar a potência da análise computacional para identificar temas em que há um risco maior de revisão de entendimento. Tudo isso utilizando inteligência de máquina.
Como orientar suas ações por dados?
A competência de usar dados na tomada de decisões é uma habilidade fundamental para o advogado do futuro. O primeiro passo nesse caminho é a aquisição de uma plataforma de Business Intelligence B.I. Eles utilizam Inteligência Artificial para identificar padrões que vão além de um caso isolado.
A ideia é agregar processos com temáticas semelhantes e levantar dados sobre como têm sido tratados. É verdade que há variação, e por isso o monitoramento é necessário. Mas fazer estimativas com base em dados objetivos norteiam as ações de forma mais consistente.
Por exemplo, com base nos padrões, o advogado pode calcular qual será o tempo médio que o caso vai demandar com base nos casos anteriores. Além disso, pode determinar as chances de interpor recursos ou de ter liminares negadas. Nesse mesmo cenário, os dados podem revelar o que seria mais viável: o cliente propor um acordo ou recorrer.
Por trás da plataforma, no entanto, é necessário que haja um profissional com competência na análise de dados. É ele que vai inserir os dados e fazer as perguntas certas para extrair o máximo da ferramenta.
Além disso, vale ressaltar que o advogado orientado por dados não é um robô guiado por software. A solução é uma ferramenta que não elimina sua experiência na prática forense. Algumas exceções e peculiaridades do caso capturadas pelo advogado podem não ter sido consideradas pela máquina.
O advogado orientado por dados adiciona ao seu arsenal diversos métodos e ferramentas que o auxiliam na tomada de decisões. Dessa forma, advoga com mais inteligência, objetividade e dinamicidade.
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